VITÓRIA DE TODAS NÓS
CONTRA O FEMINICÍDIO!
Você sabia que a chacina do começo do ano não foi classificada logo de cara como feminicídio?! Mesmo com uma carta de ódio às mulheres deixada pelo assassino!
Segundo o Mapa da Violência de 2015, mais da metade das mulheres (51,2%) tem uma morte extremamente violenta. O assassinato de mulheres negras aumentou 54,2%. E, segundo o Trans Murder Monitoring, o Brasil é o país que mais mata travestis e transsexuais no mundo (Fonte1/Fonte2).
Apesar da lei do feminicídio (13.104/2015) estar em vigor há dois anos, ainda hoje a qualificação de feminicídio raramente acontece na hora do registro da ocorrência.
Na Virada do ano novo em Campinas, Isamara e mais 8 mulheres da mesma família foram mortas pelo seu ex-companheiro. Um claro caso de feminicídio, mas o caso foi registrado como homicídio apenas. Não se trata de mera questão textual, trata-se de o Estado reconhecer a violência contra as mulheres! Buscamos e conseguimos a qualificação para feminicídio na morte dessas 9 mulheres.
O que não se mede, não se muda. Queremos feminicídio nas estatísticas! Fortalecer a lei é importante para as políticas públicas e a proteção da vidas das mulheres, na grande maioria dos casos essas mortes poderiam ser evitadas.
Essa campanha mostrou que quando nos mobilizamos com diálogo, embasamento, união e participação podemos alcançar as mudanças que precisamos e sonhamos na cidade! Criamos a mobilização com o apoio da Marcha Mundial das Mulheres Campinas e do Coletivo Parajás, estudamos as Diretrizes Nacionais de Feminicídio num evento da ABMCJ (Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica), paramos a Glicério para relembrar as 9 mulheres, fizemos um evento com uma Delegada do Piauí - Estado referência na tratativa do feminicídio - e entregamos nossa petição com mais de 700 assinaturas ao delegado responsável!